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Arquitetura Acessível: Além da Rampa

  • Foto do escritor: Planej
    Planej
  • 11 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de ago.


Você acredita que seu espaço já é acessível só porque tem uma rampa? Cuidado: acessibilidade de verdade vai muito além disso. Ignorar ajustes e adaptações necessárias pode comprometer a segurança, o conforto e a autonomia de quem utiliza o ambiente, até mesmo limitar o público que você atende. Por isso, reunimos os principais tópicos para auxiliar na hora de repensar o seu projeto com soluções acessíveis, e não estamos falando apenas de cumprir norma: trata-se de criar espaços funcionais, inclusivos e acolhedores para todos.



  1. Acessibilidade em projetos comerciais: muito além das rampas


Quando falamos em acessibilidade, a ideia mais comum que surge em nossa cabeça é a de uma rampa. Porém, embora este seja um elemento fundamental, limitar o conceito apenas a esse recurso é reduzir a importância e a complexidade de um tema que influencia diretamente a experiência e o uso do espaço, principalmente para pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida.


Em projetos comerciais e edificações de uso público, a acessibilidade deve ser planejada como um sistema integrado de soluções, sendo pensada desde a concepção arquitetônica até os detalhes do mobiliário e da sinalização. Trata-se de criar ambientes onde todos os usuários, independentemente de idade, estatura, condição física ou sensorial, possam circular, interagir e usufruir dos serviços com autonomia, segurança e conforto.



Fonte: Pinterest
Fonte: Pinterest

  1. Acessibilidade em interiores: ergonomia e funcionalidade


A adaptação de interiores é um ponto muitas vezes negligenciado, mas que faz toda a diferença na usabilidade do espaço, assim como na percepção da pessoa com deficiência ao usufruir do ambiente. Alguns pontos devem ser levados em consideração em projeto de interiores, tanto residencial quanto comercial, como:


  • Altura dos mobiliários: bancadas, mesas e pontos de atendimento ou trabalho devem atender diferentes usuários, considerando altura entre 0,75m e 0,85m para uso confortável por cadeirantes.

  • Alcance de equipamentos: interruptores, maçanetas e botões devem ser instalados em alturas acessíveis, evitando posturas forçadas.

  • Áreas de descanso: incluir assentos estratégicos em grandes áreas comerciais, beneficiando idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

  • Área de giro: é um dos elementos mais importantes para garantir a acessibilidade e a mobilidade autônoma dentro de um ambiente residencial e comercial. Ela se refere ao espaço livre necessário para que uma pessoa utilizando cadeira de rodas, andador ou outro auxílio de locomoção possa realizar uma manobra completa de 360° sem obstáculos.

    Fonte: Pinterest
    Fonte: Pinterest

Prever esses elementos desde a concepção inicial do projeto é fundamental para garantir que o ambiente esteja plenamente adequado ao uso por pessoas com deficiência, assegurando o direito constitucional de ir e vir com autonomia, segurança e conforto. O papel do projetista é reconhecer e aplicar corretamente as diretrizes de acessibilidade estabelecidas por normas técnicas, como a ABNT NBR 9050, que orienta a incorporação de recursos e dimensões adequadas em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Entre os principais elementos que devem ser considerados para assegurar a acessibilidade plena, destacam-se:


  1. Áreas de giro dimensionadas conforme as recomendações normativas;

  2. Sinalização tátil e visual estrategicamente posicionada;

  3. Corrimãos contínuos e adequados às diferentes alturas;

  4. Altura e disposição do mobiliário que permita uso por todos os usuários;

  5. Plataformas elevatórias e elevadores em edificações de múltiplos pavimentos;

  6. Portas, vãos e rotas de circulação compatíveis com a passagem e manobra de cadeiras de rodas.


Dessa forma, a aplicação correta desses parâmetros não apenas garante conformidade legal, mas promove espaços inclusivos, funcionais e duradouros, que atendem às necessidades de um público diversificado ao longo do tempo.

Por fim, a acessibilidade não deve ser vista como um custo extra ou uma obrigação legal a ser cumprida apenas para aprovação do projeto. Ela é parte integrante de um bom planejamento arquitetônico, contribuindo para espaços mais funcionais, inclusivos e atrativos. Ao incorporar desde o início os recursos citados acima, os arquitetos e designers entregam projetos que vão além da estética — projetos que transformam a relação das pessoas com os ambientes.



A Planej te ajuda!

A Planej entende o impacto que um projeto de acessibilidade bem feito pode ter na rotina e no bem-estar de uma pessoa valorizando um espaço. Se você deseja tornar um ambiente mais acessível e funcional, estamos prontos para te ajudar com criatividade, responsabilidade e planejamento. Nosso time trabalha para unir arquitetura e funcionalidade em soluções que respeitam suas necessidades.


Escrito por: Taiza Paiva

 
 
 

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